Personalidade e profissão: qual é a importância de conciliar?

Em primeiro lugar, é importante ter uma definição mais clara do que é personalidade. Trata-se de um conjunto de características e aspectos psíquicos que tornam uma pessoa única. Ela influencia sua maneira de ser, suas preferências, a forma como interage com outros e está relacionada também aos valores sociais. Portanto, define seu modo de pensar, sentir e agir.

A escolha profissional tem tudo a ver com a personalidade. Quando a pessoa tem uma carreira em que realiza tarefas que gosta e usa suas habilidades naturais, suas chances de se dar bem e ser feliz no trabalho se tornam muito maiores.

Se ela sente prazer em lidar com pessoas, por exemplo, e trabalha em contato direto com o público, essa atividade não será tão cansativa. Isso não acontece com quem prefere um certo isolamento no dia a dia e tende a se sentir desgastado quando precisa interagir frequentemente com colegas, clientes, fornecedores etc. Se pensarmos em uma situação contrária, também há muitos exemplos.

Imagine uma pessoa agitada, que ama conversar e interagir, gosta de novidades, mas que não tem tanta aptidão para detalhes, como cuidar de uma biblioteca. É provável que ela se sinta um pouco presa e que sua energia não seja bem aproveitada em um ambiente no qual ela quase não fala, deve fazer silêncio, a rotina é repetitiva e o trabalho é minucioso. Percebeu?

Isso não significa que uma pessoa não possa ser competente e produtiva em uma profissão que não é tão compatível com suas características. Porém, ela precisará fazer um esforço maior e talvez não se sinta feliz e realizada com a carreira. Ao longo do tempo, essa diferença pode causar estresse e frustração, o que não é bom para o próprio profissional.

Autoconhecimento: como saber qual profissão combina comigo?

Como estamos vendo, é essencial conhecer a si próprio para escolher uma carreira compatível com sua personalidade. Além de analisar o próprio comportamento antes de entrar em uma faculdade, existem alguns recursos e ações que ajudam nesse processo de autoconhecimento. Comece tirando um tempo para refletir sobre suas metas.

Pense se o que você tem feito ultimamente é de fato importante para o seu futuro profissional. Se não estiver feliz com seu momento, não tenha medo de mudar os planos para evoluir junto ao que vai trazer realização pessoal. Em seguida, listamos algumas perguntas que vão auxiliar nessa reflexão. Pense bem nelas antes de se matricular em um curso superior!

O que você mais gostaria de fazer profissionalmente?

Pense sobre o que gosta de fazer, seus hobbies e o tipo de tarefa que é agradável. Se você tem a oportunidade de escolher, prefere interagir com as pessoas ou procura atividades para realizar sozinho?

Na escola, tinha mais interesse pelas disciplinas da área de Humanas, Exatas ou Biológicas? Sente a necessidade de “colocar a mão na massa” ou tem mais habilidade para planejar e se envolver com a parte intelectual dos projetos? Tudo isso é importante para encontrar uma profissão compatível com essas características.

Você conhece a fundo a profissão que deseja?

Muita gente entra em uma faculdade sem saber o que as pessoas que escolheram aquela profissão realmente fazem no dia a dia. Mesmo que as matérias sejam interessantes, o ideal é entender como é a rotina de quem exerce aquela função e quais são as atividades que ela executa.

Nessa etapa, vale muito a pena conversar com quem já está no mercado e, se possível, até acompanhar um dia típico no próprio ambiente de trabalho. Assim, você vai descobrir com o que o profissional lida a maior parte do tempo — pessoas, animais, dados, máquinas etc. — e, principalmente, se é essa a realidade que deseja para sua vida.

Você já fez um teste vocacional?

É possível procurar um psicólogo e fazer testes vocacionais. Eles utilizam uma série de técnicas para definir as áreas com as quais a pessoa tem afinidade, garantindo um resultado bastante preciso. Assim, responder à questão “qual profissão combina comigo?” ficará muito mais fácil. Além disso, há testes de orientação profissional que você pode fazer online. Porém, não se baseie em qualquer site — o melhor é procurar alguma instituição confiável.

Aliás, vários sites de emprego exigem que sejam realizados testes de perfil comportamental quando o candidato se inscreve na plataforma. Como o interesse dessas empresas é ter uma ideia precisa das pessoas para indicarem o profissional certo para seus clientes, o resultado é bastante confiável. Eles costumam usar métodos reconhecidos pelo mercado, e vale a pena se candidatar apenas para ter esse diagnóstico de personalidade.

Você conhece as classificações mais comuns do mercado?

Existem diferentes teorias que classificam as pessoas de acordo com sua personalidade ou seu comportamento. É interessante conhecer algumas delas e ver em qual categoria você se encaixa. Isso ajudará a direcioná-lo para uma profissão compatível com essas características que se destacam.

O teste conhecido como MBTI (Myers-Briggs Type Indicator, ou Tipologia de Myers-Briggs), por exemplo, lista 16 tipos de personalidades distintas. Elas são agrupadas em 4 grandes categorias: analistas, diplomatas, sentinelas e exploradores. Algumas das diferenças estão relacionadas à convivência social, à tendência de agir conforme a emoção ou razão, à criatividade, à capacidade de adaptação, entre outras.

Outro teste confiável e realizado com frequência é o DISC, que avalia qual traço é predominante em sua personalidade: dominância, influência, estabilidade ou complacência.

Esse é um dos mais utilizados pelas empresas e também ajuda a reconhecer em que tipo de profissões uma pessoa se encaixa melhor. Outras propostas muito parecidas com ele são aquelas que associam as características a animais e mostram como a pessoa se comporta no ambiente de trabalho.

Como você se imagina daqui a 10 anos?

Outra maneira de escolher uma profissão compatível com sua personalidade é pensar: é isso que eu quero fazer daqui a 5, 10 ou 20 anos? Existem outras possibilidades de progressão nessa carreira e estou interessado nesses cargos? Quero desempenhar atividades de liderança ou prefiro continuar atuando de forma mais técnica? Pense nessas oportunidades e se a previsão para sua rotina em longo prazo corresponde às suas expectativas.

Qual é o seu perfil profissional?

Além dos testes de mercado que citamos acima, é importante que você mesmo reflita sobre o seu perfil profissional com base em seus pontos fortes e fracos. Pare e pense sobre suas maiores qualidades e seus principais defeitos. Fazer esse exercício ajuda a clarear as competências para que enxergue como elas seriam aproveitadas em determinadas profissões.

Afinal, quando você se conhece a fundo e sabe ao certo quais são suas habilidades e para que servem, dificilmente assumirá uma demanda profissional na qual não vá dar conta do recado. É por isso que o autoconhecimento é tão importante, pois elimina o risco de dar um passo maior do que a própria perna e acabar fazendo uma escolha precipitada.

Qual é a sua principal aspiração na carreira?

Ao longo do post, já demos uma pista sobre o que é um plano de carreira. Trata-se das possibilidades de progressão que você tem em determinado ofício. Nesse sentido, pensar nas suas aspirações futuras é essencial para escolher uma boa profissão. Antes de tudo, é preciso vislumbrar posições reconhecidas em uma empresa, enxergando um futuro promissor na instituição.

Até porque você não quer ser só mais um ali dentro, certo? Esse sentimento traria uma enorme frustração e faria você pensar que não se esforçou o suficiente para assumir posições melhores. Porém, em muitos casos, é a própria empresa que não oferece um plano de carreira compatível com o cargo em questão. Portanto, esteja atento a isso.

Qualquer que seja a função que você pensa em desempenhar, avalie muito bem as possibilidades de progressão na área, independentemente do setor: público, privado ou trabalhando por conta própria. Progredir é necessário para que você sinta que não está parado no tempo, ou seja, que seu esforço e dedicação não têm sido em vão.

Quando a profissão oferece um bom plano de carreira, fica mais fácil programar cada passo da sua jornada para evoluir periodicamente. É claro que nenhuma evolução vem de uma hora para outra. Para isso, é imprescindível treinar suas habilidades dia após dia e buscar novos conhecimentos para se manter atualizado diante dos desafios que surgem na sua profissão.

Isso significa que fazer um curso superior é só o primeiro passo da jornada. Ao longo da sua atuação no mercado, será interessante investir também em cursos extras como idiomas ou pós-graduações para ampliar o campo de trabalho e tornar-se um profissional referência em determinados assuntos. Assim, sua credibilidade estará sempre em alta, qualquer que seja a profissão escolhida.

Uma escolha segura depende de muito autoconhecimento. Por isso, vale a pena gastar um tempo maior nesse processo de reflexão e decisão para evitar arrependimentos futuros. Se você conseguir responder à pergunta “qual profissão combina comigo?”, terá maiores chances de escolher uma faculdade compatível com seus interesses, ter prazer em seus estudos e nas atividades diárias e ainda se tornar um excelente profissional.

Que tal descobrir qual profissão mais combina com você de uma forma interativa? Então, explore o Rota das Carreiras e descubra o seu caminho!

Fonte blog Estácio

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